(Jovens fazem rolezinho no shopping Itaquera Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG São Paulo)
Será que é um ato de extrema ousadia ir dar um passeio em um shopping de São Paulo? Bem, isso vai depender de qual sua origem social, sua renda, e da cor da sua pele. Por quê?
Por que dentre outros fatos, somos um país preconceituoso, racista, e repleto de exclusão social.
A juventude preta, pobre e periférica
brasileira como se não bastasse a marginalização e a alta exposição a
violência agora recebe o recado da elite paulistana: “Não queremos vocês
aqui.” Essa mensagem, embora não declarada abertamente, sempre esteve
presente nos espaços elitizados da cidade. São os muros invisíveis da
exclusão. Muros erguidos e sustentados por aqueles que insistem em
segregar o diferente, nesse caso, a juventude pobre, negra, funkeira e
periférica.
* (...) Todas as pessoas têm igual direito
de utilizar suas próprias línguas, e desenvolver a sua própria cultura
popular e costumes; Todos os grupos nacionais devem ser protegidos por
lei contra insultos à sua raça e orgulho nacional; A pregação e a
prática da nacionalidade, raça ou discriminação de cor e desprezo deve
ser um crime punível; Todas as leis e práticas do apartheid deve ser
anuladas.
Infelizmente o sonho de Mandela parece
estar longe de se tornar realidade. E mais do que sermos ousados para
"invadir o santuário de consumismo da elite paulista” (shoppings), que
também sejamos ousados todos os dias de 2014, que façamos da luta contra
discriminação o racismo e a exclusão a nossa luta cotidiana. Pois o
racismo não está somente dentro dos shoppings, está na escolas,
instituições do estado e nas empresas, ou seja, está em nossa
sociedade.
disponível em:http://correionago.ning.com/profiles/blogs/entre-os-rolezinhos-e-o-sonho-de-mandela?xg_source=facebookshare
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