DIGA NÃO A NATURALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
Segue o relato anônimo de estudante da UFSCar, compartilhem e ajudem a proteger nossas mulheres!
"Há uma ano atrás estava eu em um festival aqui em São Carlos dançando e curtindo boa música quando conheci um “maluco”, esses caras que gostam de andar pela BR, vender artesanatos e destruir corações... Comecei um relacionamento com ele que durou cerca de um mês e meio. As promessas que escutava era de um conforto, de uma amor que era doentio e possessivo, uma viagem inesquecível para lugares onde eu gostaria muito de conhecer. No começo percebi um certo comportamento agressivo e possessivo, mas não me incomodei(olha o que a carência nos faz!). Um dia ele chegou muito bêbado em casa(no aloja) e começou a discutir comigo, me xingando e me ofendendo de todas as ofensas que uma mulher negra infelizmente deve ter ouvido na vida.Estupidamente me forçava a fazer sexo anal, eu dizia que não, e por dizer não á ele, feri o orgulho e ele quis me ferir com uma faca. Quando disse que iria sair procurar ajuda ele me prendeu no quarto e disse que dalí não sairia, nem mesmo amarrado. Ele passou a noite dormindo no chão e eu no colchão sem conseguir pregar os olhos, pois a qualquer momento poderia nem mais acordar. No outro dia, pela manhã, fui a delegacia e prestei queixa contra ameaça, por se tratar de pessoa sem endereço fixo eles nada podia fazer, a não ser que ele me ameaçasse novamente na rua eu estivesse com o BO e assim chamaria a polícia para me socorrer. Estou deixando o meu relato para alertar as pessoas da Universidade Federal de São Carlos e fora dela que não confiem nesse cara que atende pelo apelido de DOM, e gosta muito de tratar bem as mulheres lhe oferecendo presentinhos, fumar um beckizinho com os “novos camaradas” e se oferecer para pernoitar em alguma casa. Ele fica sempre pelo RU e no PQ na área sul. Gente por favor fiquem de olho, e qualquer coisa que souberem compartilhem e comentem, pois eu estou realmente assustada, vou ficar segura em casa de amigos que me acompanharão para eu nunca estar sozinha. Obrigada."
Obs: A autora não quis se identificar por questões de segurança.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil registrou, entre 2009 e 2011, 16,9 mil feminicídios, ou seja, mortes de mulheres decorrentes de conflito de gênero, crimes geralmente cometidos por parceiros íntimos ou ex-parceiros das vítimas.
As mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Ou seja, mais da metade dos óbitos (54%) foram de mulheres de 20 a 39 anos.
Outro fato revelado pela pesquisa é que as mulheres negras e pobres são as principais vítimas da violência. No Brasil, 61% dos óbitos foram de mulheres negras, que foram as principais vítimas em todas as regiões, à exceção da Sul.
Acesse a pesquisa na integra do IPEA
Para denuncia de violência contra a MULHER DISQUE: 180